O Astronauta




maio 12, 2024

São 17:39, tal como um astronauta, estou flutuando em torno da Terra, com a sensação de que estou indo em direção a ela, que planeta lindo, todo azulado, porque não, fantástico!, agora estou passando pelo cordão de fogo que a protege, mas nada acontece com o meu corpo etéreo, que só eu o vejo, corpo este, simplesmente, imortal, que além de me dar a condição de ver e ouvir. Agora, nuvens densas estão surgindo, cobrindo a minha visão, mas continuo, passando por elas, flutuo sobre uma imensa cidade, com prédios enormes, todos iguais, parecendo-me ser somente de vidro, completamente sem janelas, e, como se não bastasse, carros voadores transitam entre eles, sem nenhum bater no outro, é um vai e vem incrível, e por todos os lados, garagens, pontos de chegada ou de saída, controlam o trânsito de uma forma impecável, é  impressionante, a cidade não tem ruas, praças ou coisa parecida, confesso, estou num futuro longínquo, me vejo, no momento andando no piso de um dos prédios, só que ninguém me vê, e, assim, aproveito para sondar o ambiente, cheio de gente vestida da mesma maneira, totalmente orientadas por hologramas de imagens tridimensionais geradas por feixes de luz, refletindo sobre objetos físicos reais,todavia, uma delas me chama mais a atenção, ou seja, uma mulher holográfica segurando uma placa, com a seguinte inscrição, BRASIL 2948.

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Momento crepuscular

Gautama.

Imaginação