Vila Rica
AWFMM32/ NÃO EXISTE LIMITE PARA O MOMENTO CREPUSCULAR, ELE DESAFIA ATÉ O
TEMPO.
Olá, desta vez, o Momento Crepuscular me levou até a Ouro Preto, do início do século XIX, portanto, vale a pena conferir, mas antes, dê o seu Like, e obrigado!
São 17:30, estou sentado na minha poltrona do quarto, olhando pro teto, curtindo a minha hora crepuscular, que está se abrindo de maneira suave, fazendo-me levitar em sua direção, estou muito tranquilo, porque este momento é corriqueiro pra quem está acostumado com ele. Momento este do qual se espera tudo que é bizarro ou não. Pois é, nestes momentos, eu fecho os olhos, e deixo o barco me levar. É inacreditável, estou numa cidade mineira do século 19, precisamente Vila Rica, e suas igrejas me parecem bem mais novas. sei disso porque a parte nova da cidade, ainda não existe, e as pessoas usam roupas de época. Estou na praça principal. Nela, uma leva de escravos acorrentados, cerceados por homens conhecidos como capitães do mato. É tudo muito triste, agora, num piscar de olhos, estou numa rua silenciosa da periferia, andando em direção a uma casa grande e simples. É uma força estranha, que me leva na direção de um quarto, bastante escuro. Sendo assim, me aproximo da única cama, no recinto, e nela, um homem inerte, parecendo-me esperar pela morte. Na parede, um anjo pendurado, com enormes asas. Neste momento, o acamado está se mexendo, tentando levantar a cabeça, pra dizer alguma coisa, vamos ouvi-lo, Meu Deus, estou vendo um anjo! Dando assim, seu último suspiro. Pois é, não tenho nenhuma dúvida, o moribundo é o Aleijadinho, portador de uma doença desconhecida, que lhe deformou as mãos e os pés, levando-o a uma cegueira total.
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